Nos últimos anos, temos observado um aumento significativo no número de diagnósticos de transtornos mentais – especialmente os relacionados ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa “epidemia” de diagnósticos, em parte, reflete uma maior conscientização e acesso aos serviços de saúde mental. No entanto, também levanta questões sobre a possível “super-medicalização” de comportamentos típicos e a tendência de rotular experiências humanas comuns como psicopatologias. Avaliações psicológicas e neuropsicológicas desempenham um papel fundamental nesse cenário, ajudando a diferenciar entre variações normais do comportamento e transtornos clínicos reais.
As avaliações psicológicas são processos abrangentes que envolvem entrevistas, testes padronizados e observações clínicas para entender melhor o funcionamento emocional e comportamental de uma pessoa. Já as avaliações neuropsicológicas focam na relação entre o funcionamento cerebral e o comportamento, sendo cruciais para identificar condições como transtornos de aprendizagem, déficits de atenção e problemas de memória. Ambos os tipos de avaliação fornecem um panorama detalhado, permitindo um diagnóstico preciso e a elaboração de planos de intervenção eficazes.
O psicodiagnóstico, por sua vez, é um processo detalhado que visa identificar transtornos mentais específicos, como déficit de atenção ou autismo, através de uma análise criteriosa dos sintomas e da história de vida do indivíduo. No entanto, é essencial que psicólogas(os) sejam capacitados para realizar avaliação psicológica com rigor ético e científico, evitando diagnósticos apressados ou inadequados. A rotulação indevida pode estigmatizar indivíduos e desviar o foco das intervenções terapêuticas mais apropriadas. Portanto, a conscientização e a educação sobre o uso adequado dos diagnósticos são vitais para garantir que as avaliações psicológicas beneficiem verdadeiramente aqueles que precisam de ajuda.
