O presente estudo teve como objetivo analisar a relação entre a parentalidade e a saúde mental de mães de crianças de 3 a 11 anos, a partir do referencial teórico proposto pelo Modelo de Determinantes da Parentalidade de Jay Belsky. Trata-se de um estudo transversal e quantitativo, que utilizou análises de correlação e comparação para o teste das hipóteses. Da amostra inicial de 259 participantes, foram utilizados os dados de 247 mães brasileiras que responderam a Escala de Saúde Mental Positiva, o Questionário Sociodemográfico, o Inventário de Dimensões da Parentalidade e a Escala Apoio Social Percebido. Constatou-se correlação significativa entre a parentalidade positiva e saúde mental geral e entre a parentalidade e as dimensões de bem-estar emocional e psicológico. Na comparação de grupos, constatou-se que mães com maior saúde mental apresentaram maior parentalidade positiva, mais anos de escolaridade e maior escore de apoio social em comparação com as mães com menos saúde mental. Assim, conclui-se que fatores como saúde mental parental, situação socioeconômica, escolaridade e disponibilidade de apoio social aparecem como determinantes da parentalidade, atuando como fatores de proteção e promovendo o exercício de práticas parentais positivas.