Este estudo realizou uma revisão sistemática da literatura brasileira e internacional publicada entre 2015 e 2020 sobre bibliométricos, operacionalização teórica e metodológica e direcionalidade de efeitos das relações entre a parentalidade e o temperamento infantil em estudos sobre crianças de quatro a sete anos. A busca nas bases de dados BVS-Psi, Portal Regional da BVS, MEDLINE, Academic Search Premier, SocINDEX, SCOPUS, ScienceDirect, PsycInfo e PsycArticles, a partir das palavras-chave “parenting”, “child temperament” e “infant temperament” resultou em 24 estudos selecionados para análise. Predominaram pesquisas norte-americanas, com delineamento quantitativo, uso de questionários e mães respondentes. O referencial teórico-metodológico utilizado para avaliar a parentalidade mostrou-se diversifi cado, enquanto o Modelo Psicobiológico destacou-se na avaliação do temperamento. Constatou-se que temperamento e parentalidade possuem associação direta e indireta e os efeitos dessa relação reverberam no desenvolvimento infantil. Destaca-se a importância de programas de intervenção para a promoção da parentalidade positiva e o desenvolvimento de habilidades regulatórias infantis.