Nem todos os processos de divórcio e disputa de guarda envolvem temas espinhosos e polêmicos como acusações de alienação parental, de maus tratos e/ou de violência sexual contra os filhos. Contudo, quando essas acusações emergem, sem dúvida estamos diante de um conflito intenso e potencialmente destrutivo.
Embora possam estar fundamentados em um interjogo delicado de argumentos apelativos e recortes narrativos convincentes, esses processos requerem atenção redobrada, sendo comumente encaminhados à perícia psicológica. O papel do perito é central nesses processos, pois se espera dele as respostas acerca de presença ou ausência de dinâmicas características de alienação parental, de sinais ou sintomas relacionados ao trauma decorrente de abusos, investigação de credibilidade e confiabilidade de testemunhos, entre outras questões.
Tem sido comum o uso do argumento da Alienação Parental para contra-atacar acusações de práticas parentais inadequadas e até violências praticadas contra os filhos por seus genitores. A equação, contudo, não é tão objetiva quanto parece ser. Para garantir o atendimento do melhor interesse dos filhos, incluindo sua segurança e seu direito de conviver com sua família, entram em jogo equipes multidisciplinares que trabalharão com elevada dedicação e expertise, muitas vezes por meses.